sábado, 3 de maio de 2008

Um caso de LINCES!!


Lince Ibérico

Felino predador em vias de extinção

Felídeo em perigo de extinção, o Lince Ibérico ou Lynx Pardinus povoou cinco regiões portuguesas: Algarve, Serra da Malcata, Serra de S. Mamede, Vale do Guadiana e Vale do Sado. A faixa sul de Portugal foi a zona de maior ocorrência desta população, ocupando uma área de cerca de 650 quilómetros quadrados entre as serras de Monchique, Caldeirão e Espinhaço de Cão. Actualmente, julga-se que este animal se encontre já extinto no nosso país encontrando-se apenas em Espanha.
Também conhecido como gato-cravo e gato-liberne, o Lynx Pardinus procura abrigo e protecção nos bosques mediterrânicos e nos densos matagais, mas prefere as áreas mais abertas para caçar. A presa de eleição é o coelho bravo, que pode constituir 70 a 90 por cento da sua alimentação, mas consome ocasionalmente pequenos roedores, lebres, cervídeos e algumas aves.
O Lince Ibérico pode ter um metro de comprimento, 50 centímetros de altura e pesar mais de 10 quilos, mas a sua distinção assenta em características muito particulares, como a pelagem castanha-amarelada com manchas pretas, a cauda curta com a ponta preta, as orelhas com pêlos na extremidade, em forma de pincel, e grandes patilhas brancas e pretas.
Em Portugal, a regressão da espécie começou nas décadas de 30 e 40, quando a campanha do trigo reduziu o seu habitat, mas agravou-se nos anos 50, com a diminuição das populações de coelho bravo, as florestações de pinheiros e eucaliptos e os incêndios de Verão. Ameaças que juntamente com a mortalidade causada pelo Homem, culminaram com a sua extinção em Portugal.
Importante em termos estéticos, culturais e no equilíbrio do ecossistema mediterrânico, o Lynx Pardinus é hoje o felídeo mais ameaçado do mundo. Assim, apesar das normas nacionais e europeias que protegem a espécie e o seu habitat, é dever de todos minimizar os factores de perigo que continuam a colocar o lince à beira da extinção.

O felino mais ameaçado do mundo vai voltar ao Algarve ainda antes do final deste ano.

Actualmente apenas existem cerca de 200 espécimes na zona da Andaluzia, números que não são nada abonatórios para a continuidade destes felinos. Precisamente desta zona de Espanha, do Parque Doñana, em Huelva, será de onde virão os primeiros habitantes do novo centro de reprodução algarvio.



beijos e abraços



Ferreira

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